
Paisagens pós-urbanas: o fim da experiência urbana e as formas comunicativas do habitar Massimo Di Felice Formato 14x21 cm, 308 páginas ISBN: 978-85-7419-991-7
O significado do fim da experiência urbana, mais do que indicar as crises das dimensões sociopolíticas e arquitetônico-administrativas que, depois da cidade, marcam também as metrópoles contemporâneas, aponta para a direção de uma progressiva pluralização do território gerada pelas mídias que, primeiro com a leitura, depois, com a eletricidade – através da duplicação técnica da paisagem criada pelo cinema e pela TV – e, finalmente, com o advento das redes digitais, produz a progressiva perda do significado único do espaço e a transformação qualitativa das práticas habitativas. A recente introdução dos ecossistemas informativos e dos mundos virtuais, não apenas passou a reproduzir ambientes atravessáveis somente mediante formas de interações técnicas, mas, também, motivou o questionamento do conceito de espaço e do significado do habitar.
Superando as percepções arquitetônicas e topográficas, o livro propõe uma interpretação teórica midiática e comparativa do habitar, aprofundando os seus possíveis significados a partir das interações e das articulações que mídia, sujeito e território passam a desenvolver entre si, em épocas tecnológicas diferentes e no interior de distintas arquiteturas comunicativas. O conceito de habitar é, portanto, apresentado como um conceito estratégico para pensar as transformações que interessam não apenas a época e as sociedades atuais, mas, também, a nossa condição perceptiva e a nossa forma de sentir. No estudo das relações entre tecnologia comunicativa e ambiente, entre mídia e “natureza”, reside uma importante chave interpretativa das transformações e dos desafios da época pós-urbana.
Massimo Di Felice
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Sumário sintetizado
Prefácio - Alberto Abruzzese
Parte 1 - O habitar como prática comunicativa
1 - Comunicar com o ambiente 1.1 Res Extensa 1.2. A natureza como linguagem
2 - Comunicar no ambiente 2.1 O habitar e as alterações técnicas da percepção sensorial 2.2 O habitar como ser-aí 2.3 Tecnologias comunicativas do habitar
Parte 2 - O habitar empático
1. A cidade e a escrita 1.1 A cidade recipiente de textos 1.2 A cidade em forma de livro 1.3 A cidade em forma de letras
2. A cidade de papel 2.1 A República, de Platão 2.2. De civitate dei, de Santo Agostinho 2.3. A cidade do sol, de Tommaso Campanella
3. A cidade e os espaços impressos 3.1. A cidade nova 3.2. De re aedificatoria 3.3. A cidade no novo mundo 3.4. A cidade funcional moderna
Parte 3 – O habitar exotópico
1. As formas visuais do habitar 1.1 O social proveniente das imagens 1.2 A época das imagens de mundo: publicidade e niilismo
2. As formas eletrônicas do habitar 2.1. A emancipação do lugar e a crise da experiência urbana 2.2. Espacialidades eletrônicas 2.3. “Metropoleletrônica”
3. Trânsitos eletrônicos 3.1. Deslocações 3.2. Latarias eletrônicas 3.3. IPod flâneur: metapaisagens e extensões sonoras 3.4. A teoria da relatividade no metrô: além do lugar e da identidade 3.5. Paisagens mutantes: além da metrópole e por detrás do vidro de um ônibus
4. Paisagens flutuantes e arquiteturas móveis 4.1. Paisagens flutuantes 4.2. Arquiteturas móveis
Parte 4 – O habitar atópico
1. Além do território 1.1. Paisagens virtuais I 1.2. Paisagens virtuais II 1.3. Paisagens virtuais III 1.4. Os Sistemas Informativos Geográficos (G.I.S.)
2. O habitar transorgânico 2.1. Genius loci tecnológico 2.2. O habitar informativo: além do sedentarismo e do nomadismo 2.3. Transorganicidade
3. Atopias 3.1. Ecossistemas informativos: os tecnodinamismos da web 2.0 3.2. Redes sociais digitais 3.3. Look after your eyes 3.4. Fazer espaços: raves, pós-antropologias e pós-arquiteturas
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